Durabilidade de 15 espécies de madeiras amazônicas em contato com o solo em ambiente sombreado

Abstract

No cenário mundial, é crescente a preocupação com a conservação de florestas, portanto, é indiscutível a importância de se utilizar técnicas de processamento que aumentem a resistência e a longevidade da madeira e que, conseqüentemente, venham a resultar na diminuição da pressão sobre as reservas naturais. A madeira é um produto largamente utilizado em todo o mundo para a construção de prédios, móveis e uma série de outras utilidades não menos importantes. Quando exposta ao tempo sofre influência da variação de temperatura, precipitação pluviométrica, organismos xilófagos, etc. No decorrer de milhares de anos de evolução, a natureza selecionou organismos que obtêm seu alimento direta ou indiretamente da madeira, dentre os quais estão incluídos bactérias, fungos, insetos, moluscos e crustáceos que decompõem a madeira para utilizar seus constituintes como fonte de energia. Os agentes biológicos xilófagos necessitam da madeira para sua sobrevivência, como fonte de material alimentício para sua nutrição, temperatura adequada ao seu crescimento, umidade suficiente para seu desenvolvimento e quantidade adequada de oxigênio. Ao existirem essas condições que permitem o crescimento desses organismos, o ataque produz alterações na resistência mecânica da madeira, bem como em seu aspecto exterior. Muitos trabalhos têm sido desenvolvidos envolvendo a durabilidade de madeiras amazônicas ao ataque de fungos, insetos e organismos marinhos. Algumas madeiras são, naturalmente, mais resistentes ao ataque de organismos xilófagos do que outras, por causa da presença de extrativos no cerne, os quais possuem propriedades tóxicas dependendo da espécie. O método mais amplamente adotado para evitar a deterioração das madeiras é o tratamento com substâncias químicas que inibem o desenvolvimento dos organismos xilófagos, sendo conhecidos como imunizantes de madeira. Este trabalho apresenta os resultados da durabilidade de 15 espécies madeireiras ao natural e preservadas com produto químico oleossolúvel em contato com o solo, em ambiente sombreado, durante o período de 20 anos.