Erradicaçao quimica da imbaúba e outras espécies lenhosas, nas entrelinhas de seringueira

Abstract

As imbaúbas (Cecropia spp) fazem parte de grupos de espécies pioneiras, na ocupação do solo, após a queimada. São plantas de crescimento rápido, cujas sementes necessitam de luz vermelha para germinar, ao passo que a radiação vermelho-distante inibe a germinação (Moraes 1970). Sob condições de cobertura vegetal fechada, a luz vermelha é retida pela folhagem verde e a luz transmitida torna-se proporcionalmente mais rica em infravermelho (que inclui o vermelho distante) e, nessas condições, as sementes de imbaúbas são impedidas de germinar (Moraes 1970). Com o plantio de Pueraria e/ou outras leguminosas rastejantes, logo no início da estação chuvosa, além da vantagem de maior retenção dos nutrientes das cinzas, impede-se o estabelecimento da imbaúba, com o fechamento da cobertura verde. Plantas jovens de imbaúba, que a Pueraria é capaz de cobrir, ainda podem ser denominadas pela leguminosa, mas tem sido comum fazer-se a semeadura das plantas pela leguminosa, mas tem sido comum fazer-se a semeadura das plantas de cobertura, quando já foram feitas duas ou mais roçagens da vegetação secundária nas entrelinhas. Como a imbaúba tem capacidade de rebrotar com muito vigor, a cada roçagem as novas brotações ultrapassam rapidamente a altura da camada da leguminosa. Na fase de crescimento rápido, até cinco ou seis metros de altura, ao contrário da maioria das plantas, a imbaúba não se deixa abafar pela Pueraria. A partir do segundo ano essas plantas podem exercer forte competição por nutrientes minerais. Já que o seu sistema radicular é muito vigoroso e bastante ramificado na área de aplicação do adubo químico. O tronco de onde partem os rebrotos, geralmente, fica oculto pela Pueraria e apresenta contínuo incremento em diâmetro. Além da imbaúba, a jurubeba (Solanum sp) e a cajuçara (Solanum cajucara) também são capazes de persistir ṕor rebrotação, após o fechamento da cobertura de Pueraria, mas o número de indivíduos é menor e o pequeno porte dessas espécies não lhes confere a mesma capacidade de competição das imbaúbas. A erradicação da imbaúba, nas condições descritas, é portanto, uma operação necessária, não apenas para reduzir o custo de manutenção das entrelinhas, já que são necessárias três ou mais roçagens por ano, para impedir que as seringueiras venham a ser sombreadas, mas também para evitar a competição por nutrientes minerais. A eliminação por arranque manual das tronqueiras exige muita mão-de-obra. Procurou-se, portanto, a maneira mais prática de aplicação de arbusticidas capazes de eliminar a imbaúba, tendo-se obtido resultados bastante satisfatórios, conforme é apresentado a seguir.